sábado, 10 de julho de 2010

Relatórios sobre experimentos de conservação de materiais arqueológicos submersos

(FOTO: Maritime Archaeology, a technical handbook. GREEN, 1990)

Navegando pelo site dos laboratórios de conservação do Nautical Archaeology Program (NAP) da Universidade do Texas A&M (TAMU), encontrei interessantes relatórios dos experimentos com modernas técnicas de tratamento e consolidação de materiais arqueológicos, com particular ênfase nos materiais provenientes de escavações subaquáticas. Estão disponíveis 24 relatórios no site do Archaeological Preservation Research Laboratory (APRL), sob direção do Dr. Wayne Smith.

Nas instalações do NAP tem dois laboratórios de conservação, sendo o APRL especialisado no desenvolvimento de novos métodos para conservação de materiais orgânicos, utilizando polímeros de silicone. O outro laboratório: Conservation Research Laboratory (CRL), sob direção do Dr. Donny Hamilton. O CRL é um dos mais antigos laboratórios de conservação do mundo, dedicado à conservação de materiais arqueológicos provenientes de sítios de naufrágio e outros sítios submersos. Interessante que boa parte dessa experiência tá disponível on line, inclusive o que pode ser chamado de "super manual de conservação", que pode ser baixado diretamente do site!

Como no Brasil a conservação de materiais arqueológicos subaquáticos ainda é uma ciência incipiente, o jeito é ir se informando pela internet ou buscando formação no exterior. Outro meio interessante seria os arqueólogos procurarem desenvolver projetos em parceria com os cursos de conservação e restauro do país, onde técnicas pudessem ser aplicadas e/ou desenvolvidas. Em Pelotas/RS tem um grupo, sob orientação do Dr. Jaime Mujica, do curso de Bacharelado em Conservação e Restauro da UFPel que está iniciando uma aproximação com o problema da conservação em escavações feitas em terra firme. Entretanto, não há nenhum laboratório no país especializado em conservação de materiais submersos e/ou encharcados. No Uruguai, o grupo do Dr. Antônio Lezama (Programa de Arqueologia Subacuática/UDELAR), tem iniciado algumas experiências na conservação de metais provenientes do Sítio Escola Vertigo em Piriápolis/Uy. Quem tiver mais informações sobre grupos de pesquisa no Brasil com experiência em conservação de materiais arqueológicos, sinta-se a vontade para comentar no post.

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